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Oficina Metodológica no Rio Grande do Sul contou com a colaboração da Embrapa

23/05/2025

A terceira e última Oficina Metodológica do projeto Bem Cultivar ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, sendo realizada na Estação Experimental Cascata da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Pelotas. O público alvo principal foram as técnicas e técnicos de campo do projeto, uma vez que o objetivo da oficina é a capacitação da equipe para prestar assessoria para agricultores familiares beneficiados.

Os temas abordados atendem às principais cadeias produtivas assessoradas pelo projeto no estado e foram ministrados por formadores experientes: sobre SPDH (Sistema de Plantio Direto de Hortaliças) falaram o eng agrônomo da Embrapa José Ernani Schwengber e o engº agrônomo e consultor Valdemar Arl; sobre planejamento e cultivares forrageiros falou o engº. agrícola e analista da Embrapa Sergio Bender; e sobre homeopatia, a abordagem ficou a cargo do médico veterinário e técnico de campo do projeto Bem Cultivar Alexandre Mendonça.

Merece destaque a participação de outros profissionais na oficina: representantes de instituições parceiras e apoiadoras do projeto – Admau, Cooperativa Nossa Terra, Bionatur, Coperforte e Cooperalto Camaquã – os quais puderam conhecer melhor o conteúdo pedagógico do projeto e acompanhar a discussão com seus técnicos de campo; técnicos da Embrapa, que possuem conhecimento avançado sobre as temáticas abordadas, mas que também manifestam interesse nos objetivos do projeto Bem Cultivar; e técnicos da Emater RS, instituição que realiza assistência técnica rural no âmbito do governo do estado, também aproveitaram os temas abordados e conheceram os trabalhos realizados pelo projeto.

As parceiras e apoiadoras institucionais são fundamentais para o maior alcance, capilaridade e respaldo do projeto Bem Cultivar. Participando como representante da Cooperalto Camaquã, Luciano Ferreira avaliou que “a oficina foi excelente, pois forneceu conhecimento com ótimas palestras e muita troca de experiências para a equipe de Técnicos de Campo prestar assistência para as famílias atendidas na nossa região”.

O apoio recebido da Embrapa foi um diferencial muito positivo da oficina. O evento ocorreu nas dependências do Centro de Capacitação de Agricultores Familiares (Cecaf) da Estação Experimental Cascata, vinculada ao Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado, um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento na área de sistemas agroecológicos e de transição agroambiental. José Ernani Schwengber, engº. agrônomo e pesquisador da Embrapa, que fez uma exposição sobre SPDH, considera como “estratégica a parceria da Embrapa com organizações da sociedade civil que desenvolvem assistência agrária, pois desta forma as demandas dos agricultores familiares chegam aos técnicos da Embrapa e, também, permite que os resultados das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa alcancem os produtores rurais”.

As Oficinas Metodológicas foram planejadas para atender às necessidades dos técnicos de campo e para serem vinculadas às atividades desenvolvidas junto às famílias. Para a técnica de campo Fernanda Miranda, o tema SPDH apresentado na oficina “foi muito importante, haja vista que uma das comunidades quilombolas sob sua assistência, a Linha Fão, de Arroio do Tigre, tem acesso a implementos agrícolas para a formação de biomassa utilizada no sistema SPDH”. Além da Linha Fão, Fernanda também atende a Comunidade Quilombola Júlio Borges, na cidade de Salto do Jacuí.

Outro assunto de grande importância, centralmente ligado à nutrição e à saúde dos rebanhos, foi o das forrageiras. Esta é a especialidade do engº. agrícola e analista da Embrapa Sérgio Bender, fez sua exposição no período vespertino do encontro. Segundo Bender, “os conhecimentos produzidos pela Embrapa são transmitidos em feiras, publicações e cursos, sendo muito bem aceitas pelos produtores por preencher suas necessidades no seu dia a dia, a exemplo das forrageiras desenvolvidas para se adaptarem aos contrastes climáticos característicos desta região do Brasil”.

Enfocando uma técnica ainda pouco difundida na agricultura brasileira, o médico veterinário e técnico de campo do projeto Bem Cultivar, Alexandre Mendonça fez uma exposição introdutória e didática sobre as aplicações e benefícios da homeopatia. Mendonça destaca que “a homeopatia parte da identificação das causas dos problemas, sendo uma alternativa de baixo custo e tecnologicamente acessível para os agricultores familiares, que podem produzir os medicamentos de que necessitam, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental da produção”.

O eng. agrônomo e consultor Valdemar Arl repetiu na oficina do Rio Grande do Sul a exposição que realizou na oficina de Santa Catarina. O tema do SPDH é de suma importância e está relacionado nos fundamentos do projeto Bem Cultivar que foi apresentado para o Sebrae, devendo, com o projeto, ser expandido na Região Sul do país. Para Valdemar, especialista e entusiasta no assunto, “o SPDH+ está alinhado com a transição agroecológica e se constitui em um método de fácil assimilação pela agricultura familiar. Ao colocar a centralidade do processo produtivo na planta, ao invés do solo, o SPDH+ tem proporcionado avanços importantes na saúde de plantas, na redução de custos, aumento de produtividade e melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo”.

Avaliando a oficina, o articulador estadual do projeto Bem Cultivar no Rio Grande do Sul, Ronaldo Oliveira, enfatiza a importância da parceria com a Embrapa, pois “promove a credibilidade das tecnologias abordadas e contribui para efetivar a transição agroecológica e a sustentabilidade ambiental da agricultura familiar”.

Além do Rio Grande do Sul, também foram realizadas Oficinas Metodológicas em Santa Catarina e no Paraná. Este processo formativo interno é parte integrante do projeto Bem Cultivar e foi montado seguindo o padrão de qualidade do Instituto Ceades. Além destas oficinas, também serão realizados dois encontros: o primeiro para troca de experiências entre membros da equipe e outro focado em em negócios e comercialização.

 

Para saber mais:

 

Assessoria de Comunicação do Projeto Bem Cultivar

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