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Parceria entre Brasil e China busca fortalecer empreendedorismo e agricultura familiar

02/08/2024

Parte da comitiva do governo brasileiro na China, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou nesta quinta-feira (6.06), em Pequim, da VII Sessão Plenária da COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), principal mecanismo de diálogo bilateral regular com o país oriental e que completa 20 anos.

Entre as diversas áreas de atuação conjunta, a parceria visa fortalecer o empreendedorismo e a agricultura familiar, combinando a vasta experiência chinesa no setor com o potencial produtivo e a diversidade do Brasil. “A China é um exemplo mundial na integração de pequenos produtores ao comércio exterior, alcançando impressionantes 32% do seu balanço de vendas e compras com esse segmento”, destacou o ministro.

Vamos aproveitar esse modelo de sucesso para criar um programa abrangente de qualificação, crédito e acesso a cotas de importação e exportação, abrindo portas para que os agricultores familiares brasileiros conquistem o mercado internacional”

A parceria prevê a implementação de programas de qualificação, crédito e acesso facilitado a cotas de importação e exportação, visando aumentar a participação dos agricultores familiares brasileiros no comércio global. A meta é replicar o modelo chinês, que se mostrou eficaz na redução da pobreza e no crescimento da classe média, impulsionado pelo desenvolvimento de tecnologias avançadas no campo.

Outro ponto de destaque da atuação conjunta é a produção de máquinas e equipamentos agrícolas modernos e acessíveis em solo brasileiro, por meio de acordos entre empresas dos dois países. “Essa iniciativa beneficiará diretamente as famílias da agricultura familiar e o público do Cadastro Único, promovendo a inclusão social e o combate à fome”, afirmou o titular do MDS.

Além disso, a colaboração entre Brasil e China fomentará a inovação no campo, com a introdução de tecnologias avançadas que aumentarão a produtividade e a renda dos agricultores. O turismo também será um dos pilares dessa atuação conjunta. Intercâmbios culturais, festivais gastronômicos e a promoção do turismo rural fortalecerão os laços entre os dois países e criarão novas oportunidades de negócios para pequenos empreendedores.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, liderou a reunião da COSBAN, ao lado do vice-presidente chinês, Han Zheng, e destacou a importância da parceria estratégica entre Brasil e China. Em 2024, ambos os países celebram os 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas. “Saímos de US$ 9 bilhões de comércio exterior para US$ 157 bilhões. A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil ”, disse.

Além de defender o apoio ao multilateralismo e à reforma da governança mundial, o vice-presidente salientou que, diante de um momento de instabilidade na arena internacional, com a ocorrência de diversos conflitos armados no mundo, as relações sino-brasileiras seguem caracterizadas por uma estabilidade e previsibilidade. “A atuação conjunta das maiores economias em desenvolvimento resulta em benefícios concretos para as nossas sociedades”, complementou.

Na ocasião, foram firmados oito instrumentos intergovernamentais e anunciados 30 resultados, além de 11 atos do setor privado. Além do desenvolvimento social, as medidas abrangem áreas como: agricultura; finanças; meio ambiente e mudança do clima; comércio; indústria; comunicação; saúde; educação; cultura; espaço exterior; energia; micro e pequenas empresas;  ciência; tecnologia e inovação. Participaram do evento representantes de 21 ministérios e agências governamentais brasileiras.

 

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